A categoria moda que engloba acessórios, calçados e vestuários é uma das categorias que vem apontando forte crescimento no comércio eletrônico brasileiro. Segundo a e-bit, o segmento de vestuário tem conquistado a confiança dos consumidores que até pouco tempo não se sentiam confortáveis em adquirir roupas que não pudessem tocar e experimentar.
De acordo com a pesquisa feita no Brasil pela byMK (rede social de moda), comprar roupa pela internet ainda gera desconfiança no consumidor. O principal fator é a dúvida sobre o caimento da peça (25%). Eis aqui o x da questão.
Provavelmente, o crescimento venha da parcela de consumidores inovadores, conhecidos por gostarem de experimentar o novo, que não têm problema com medidas e arriscam suas compras. O que ainda é pouco diante dos 17,6 milhões de e-consumidores ativos hoje.
Visto que a primícia do negócio (também dificuldade) é o “experimentar”, ainda em 2010 são poucas as lojas virtuais que disponibilizam em seus sites recursos que supram esta necessidade. Um grande dificultador para o crescimento da venda de roupas pela internet é a famosa e tão esperada padronização dos tamanhos brasileiros.
De acordo com o Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT, a previsão é de que as normas fiquem prontas até o final de 2010. A medida por numerações como: 38, 40, 42, etc., será extinta dando lugar para as medidas do corpo em centímetros: cintura, tórax, quadril e busto.
Mas aí vem a pergunta? Quando tudo estará em ordem, unificado? Acredito termos aí mais 1 ano de espera. Quem perdeu até agora foram as lojas que não se adaptaram ou criaram formas para suprir esta necessidade de seus consumidores, e esperam “tranquilamente” a padronização do mercado.
Mas existem e-commerces inovadores que buscam melhorar cada vez mais a experiência de seus consumidores. Um bom exemplo desta prática é a loja Marisa, que em março/10 estreiou sua loja virtual oferecendo à suas clientes o selo “Sua Medida”, um sistema que auxilia na escolha dos tamanhos de acordo com o cadastro efetuado.
Fora o problema de padronização que envolve o setor, existem mais alguns detalhes “básicos” que ainda não são praticados pela maioria, como: a falta de vídeos demonstrando, por exemplo, o caimento das peças e fotos com mais ângulos e visualização de detalhes. A estréia da loja Brave Menswear traz estes vídeos bem legais e uma padronização “in” de tamanhos.
Diante desta carência, que é uma preocupação global, surgiu uma iniciativa tecnológica que inovou o segmento e que é pouco utilizada aqui no Brasil, a realidade aumentada. Ao imprimir um código da loja e exibi-lo em frente à webcam, o consumidor pode movimentar os modelos, trocar cores e “experimentar” as peças antes de fechar a compra.
Um excelente exemplo de loja de moda é a Posthaus que possui o “Provador Virtual” para as roupas da marca Quintess. Para experimentar a peça virtualmente, basta posicionar-se na webcam, tirar uma foto e ajustar a peça no corpo.
Outra questão, não menos importante é a “tal” descrição dos produtos, que continuam a ser exibidas como se fossem códigos, e realmente são, mas códigos internos da empresa, e não dos consumidores. E também a falta de informações na ficha técnica dos produtos, como informações de composição que supre a ausência do toque.
Segundo Chris Anderson, “As lojas que oferecem aos consumidores maior confiança de que nelas acharão tudo que procuram tendem a ser mais bem-sucedidas“.
Bons exemplos!
Abraços 🙂
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