“O que os usuários da internet estão fazendo on-line a cada dia, e como mudaremos amanhã, no mês que vem ou no próximo ano?” (Bill Tancer)
Afinal, o que fazemos conectados?
Estamos em busca de informação, diversão, relacionamento ou trabalho? Ou simplesmente descobrimos que não há mais nada para fazer no mundo off-line?
Você ainda se relaciona com as mídias off-line? É assinante de revistas? Assiste TV? Qual é o seu programa preferido? Há quanto tempo você não lê um jornal nas mãos? Qual é a sua interação com estes meios?
A cada dia esta relação vai ficando mais distante.
Uma pesquisa realizada pela Deloitte (agosto 2010) aponta que o internauta brasileiro gasta, por semana, em média 17 horas assistindo televisão e cerca de 30 horas navegando na internet.
Sem a explosão da web, certamente não conheceríamos as pessoas que estão em nossas redes, não estaríamos conectados no mesmo mundo, falando a mesma língua, compartilhando o mesmo conteúdo e trocando idéias.
Talvez nem soubéssemos o que fazer depois do trabalho, da aula, da balada, nas madrugadas, nos finais de semana ou nas férias.
De acordo com a Amelie Hurst, do site TripAdvisor, as pessoas exigem se manter conectadas e as motivações para estarmos conectados são sociais e não de trabalho.
Imagine a vida sem curtir, retuitar, postar, add, comentar…
Estamos passando por mudanças culturais, o estilo de vida mudou. A internet se tornou o entretenimento preferido entre os brasileiros e acabou com o reinado da caixa preta.
Antes as famílias se reuniam em frente à televisão. Hoje cada um está conectado em sua “rede”, e muitas vezes assistindo TV via web ou celular = convergência digital.
O que você estaria fazendo agora se não estivesse conectado lendo este post?
No livro Click, Tancer faz uma reflexão sobre os milhões de pessoas on-line e a importância de analisar os rastros deixados na web.
Afirma que as buscas que fazemos na internet revelam muito de nós. As palavras que pesquisamos refletem sobre nosso comportamento e personalidade.
Define, “… no mundo atual, somos aquilo em que clicamos.”
Abraços 🙂
Olá Reneta,
Necessariamente não.
Há muitas pessoas que se escondem nestes ambiente para demonstraem o que de fato não são e muito menos o que pensam realmente.
E é aí que reside o perigo.
Um abração.
Ah! gostei do blog.
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Agora são 1:39 da manhã e confesso que não buscarei por fontes seguras na sociologia que concordem (ou discordem) do que penso a respeito da conectividade on e off.
A conexão entre pessoas e grupos existe já existe desde a forma mais primitiva do ser. Temos necessidade de compartilhar com o próximo aquilo que vivemos, sentimos e pensamos. O seres humanos sempre foram de grupo. Sempre foram algo no plural. Sempre desejaram deixar algo para ser visto ou lembrado.
Os “homens das cavernas” com seus “posts” desenhados nas paredes já resmungavam de seus feitos e buscavam o reconhecimento por isso. Seja para marcar território, seja para conquistar a “mulher das cavernas”, seja para ser reconhecido como “guru”. Aquele que travalhava melhor com formas – lanças e rodas – ou com a natureza – fogo, água, ar e terra – seriam os midiatistas, os gurus, aqueles quem seguimos e admiramos hoje.
O crescimento da conectividade é proporcional ao da jornada de trabalho, das opções de entretenimento e cultura, das amizades, das tribos e nichos de mercado. Acredito que a proposta do Unibanco, ao “criar”30 horas num dia já previa este acontecimento. O ser humano precisou criar maneiras de continuar fazendo de tudo, porém em menos tempo.
Os famosos encontros de intelectuais, discursando uns aos outros de maneira vagarosa – acredito que até mesmo para fazer com que o tempo expirasse mais depressa – foram substituidos pelos rápidos discursos em no máximo 140 caracteres (e não por preguiça, mas por necessidade: não podemos nos dar ao luxo de não sermos objetivos).
Acredito que num determinado momento haverá um choque na relação tempo x ação… serão necessárias tomadas de decisões importantes (mas não em nossa geração) para que a humanidade siga adiante e não trave diante da objetividade. Músculos e força física substituidos por intelecto, lógica e rapidez no raciocínio. É a vez da inteligência emocional prevalecer – ganha a briga quem souber qual o botão certo primeiro.
Agora chega né? pois minha bateria não recarrega na tomada e muito menos num plug usb… ainda sou (somos) humano(s) e precisamos dormir de vez em quando para que tenhamos sonhos bons, conectados noutras Divinas tecnologias.
Parabéns pelo post.
Beijo
@marcusaquenaton
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